segunda-feira, 8 de julho de 2013

Saudades

Tremia diante de ti
e já não o faço mais
Preferia não estar aqui
queria voltar atrás
Hoje falo fácil
tenho confiança
Com humor ácido
Sem nenhuma esperança
Sinto falta do sabor
das noites mal dormidas
Lembro bem daquela dor
Vinda de carícia não vividas
Serás sempre o símbolo
do mel da inocência
Eternamente elo
Do amor em paciência

Um comentário:

  1. Ô seu beija-flor
    Dentre todas as coisas
    Temia a indiferença
    De um poema velho e louco
    Que deixa ir a paciência

    Por isso querer deixar-te assim: pairando no ar
    Tanto faz rimar com mim
    Se puder a doçura compartilhar

    Sei que já não treme
    Sei que não se esconde
    As carícias, tem todas
    O coração nunca te trai
    Mas te pergunto, beija-flor

    Aceita rimar amor com dor?
    Aceita superar o engano
    Em que nos mergulha o cotidiano
    Enxergar no outro o humano
    E dentro dele, a vida se renovar?

    Diante desse momento
    Não necessito do acalento
    Sei que não sou o não tido
    Que por não ser vivido
    Te faz tremer
    Ainda assim
    Mantenho o coração aberto
    Não me iludo
    O outro será sempre o nunca descoberto

    Nem sempre tremerei de saudades
    Mas tremo de carinho
    Nem todas as vezes me consomem as vontades
    Mas me disponho a não te deixar sozinho

    A não ser que não queira
    Verá morrer e renascer a mesma companheira
    Que não será nunca a primeira
    Mas também não permanecerá
    As outras que dentro dela
    Cada lua trará

    Faça como quiser, beija-flor
    Peço apenas sinceridade
    O meu mel é a única verdade
    Que poderei enfim, te oferecer

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