quarta-feira, 28 de maio de 2014

Parem a Palavra!

E se,
os nossos corpos deixassem de percorrer
os diversos caminhos
na frenesi da vida cotidiana
embalados ao som de máquina
e passassem a esquecer da velocidade
substituindo cada quilometro rodado
por palavras poéticas.
Talvez,
os nossos pés calejados
passariam a sentir em suas veias
rimas ao invés de dor.
Deixaríamos o metro, o segundo, o  passado e o presente
se perderem
Quem explodiria no caminho
seria o som
O som dos sentimentos trazidos
pela ginga dos versos encantados
Não seríamos
mais velhos ou jovens
Não ousaríamos dizer
ontem ou amanhã
Somente parados, estagnados
perdidos na curva da linha
do tempo e espaço
acharíamos o que realmente importa
Que a visão ganhasse
o seu único propósito:
A luz capturada no olhar
dizendo

Amor.

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